Daqui a alguns dias celebraremos o Dia Internacional da Mulher. Mas, o que temos a comemorar?
Os números da violência e da desigualdade mensuram o que todos os dias, nós, mulheres, lembramos.
Desde os assédios a caminho do trabalho até a tripla jornada de mulheres que lideram, sozinhas, suas
famílias.
Para dar exemplos, mulheres em idade de recurso profissional são em média 3% mais que homens no
mercado, sem falar que as mulheres também são 10% mais assíduas com escolaridade, tudo isso para
serem desvalorizadas 25% a menos que os homens no mercado de trabalho. Sabem o que isso significa?
Que para cada homem que ocupa um cargo que ganha R$1.000,00, uma mulher no mesmo cargo ou
equivalente tem que sustentar sua família com R$750,00. A medida que a cifra aumenta, a diferença
aumenta também, faça suas contas.
Como transformar essa realidade? Alguns caminhos são possíveis, mas me arrisco a dizer que a
educação é o caminho certeiro. Em qualquer geração, mulheres que tiveram acesso à educação
puderam transformar suas realidades. Vou citar algumas das que me inspiram, vem comigo!
Malala Yousafzai é uma jovem paquistanesa ativista pela educação das mulheres. Com apenas 15 anos,
Malala já se manifestava a favor da educação de meninas e, por isso, foi baleada por talibãs ao sair da
escola, em 2012. A agressão não a calou, pelo contrário, depois do ocorrido, a garota ficou
mundialmente conhecida, o que amplificou sua voz e tornando-a a mais jovem a receber o um Prêmio
Nobel. Uau! Me impressiono toda vez que relembro essa história. E vocês?
Recentemente Malala revelou em um Tweet com quem “mataria aula”:
A amizade entre Malala e Greta Thunberg me enche de esperança em um futuro revolucionário. Greta
acabou de completar 17 anos e já é conhecida como uma das principais ativistas ambientais na
atualidade. Recentemente, a jovem falou a figuras importantes no Fórum Econômico Mundial de Davos.
Em seu discurso firme e incisivo, deixou claro a urgência por emissão zero. Além disso, criticou líderes e empresários do mundo todo por ignorarem as demandas dos ativistas ambientais. Corajosa, essa
menina! #GoGreta!
E não precisamos ir longe…nos últimos dias dois nomes estão sendo muito comentados: Cláudia
Gonçalves e Jaqueline Goes são cientistas e fazem parte da equipe que, após 48 horas da confirmação
do primeiro caso no Brasil, sequenciaram o genoma do coronavirus. Este é um passo fundamental para a
tomada de decisão em novos casos e, futuramente, para a vacina. #orgulhodefine. Os institutos Adolfo
Lutz e o de Medicina Tropical da USP se juntaram na empreitada que contou com as pesquisadoras
mulheres. Estão aqui ao nosso lado, as mulheres que estão mudando o mundo. Basta uma oportunidade
e elas tornam-se protagonistas!
Neste Dia Internacional da Mulher, quero te convidar a olhar ao seu redor e ver quem são as mulheres
na sua casa, no seu trabalho, na igreja, no círculo de amigos, que transformaram suas realidades por
meio da educação. Tenho certeza que você vai encontrar.
E quando falamos de educação, não é só o ensino superior que importa, mas o acesso ao conhecimento
que liberta. Que possibilita uma função que gere renda e abra caminhos. É nessa educação que nos, da
Avra, acreditamos. Queremos mudar realidades por meio do conhecimento.
Texto de Eloá Vidotti
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Fontes:
https://guiadoestudante.abril.com.br/blog/atualidades-vestibular/conheca-a-historia-da-ativista-
malala-yousafzai/
https://www.theguardian.com/business/2020/jan/24/greta-thunberg-davos-leaders-ignored-climate-
activists-demands
https://g1.globo.com/bemestar/coronavirus/noticia/2020/02/29/os-bastidores-e-resultados-da-corrida-
de-cientistas-brasileiros-para-sequenciar-coronavirus-em-tempo-recorde.ghtml
http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2018-03/ibge-mulheres-ganham-menos-que-
homens-mesmo-sendo-maioria-com-ensino-superior
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