No próximo sábado, dia 19 de novembro, comemora-se o Dia Mundial do Empreendedorismo Feminino. Essa data, criada em 2014 pela Organização das Nações Unidas (ONU), tem como objetivo celebrar e incentivar a liderança de mulheres no ramo empresarial.

Com tantos problemas que a mulher enfrenta na sociedade, será que há algo a comemorar?

Embora haja ainda vários obstáculos ao trabalho feminino, que precisam ser combatidos, podemos afirmar que existem sim motivos para acreditar num futuro melhor.

 

Empreendedorismo no Brasil

O Brasil é o 7° país com o maior número de mulheres empreendedoras no mundo, segundo dados do Global Entrepreneurship Monitor 2020 (GEM), em parceria com o SEBRAE. O País possui, hoje, 52 milhões de empreendedores, sendo 30 milhões mulheres.

Em 2020 as mulheres já eram responsáveis por 8,6 milhões (33,6%) dos empreendimentos, presentes principalmente nos setores de serviços (50%) e comércio (27%), conforme estudo “Empreendedorismo Feminino no Brasil”, de 2021, realizado pelo SEBRAE. Esse número só não foi maior devido à pandemia.

Desde o ano de 2016 a participação feminina nos negócios vem aumentando. Neste ano, elas representavam 32% do número de “donos do negócio” no país. No ano seguinte, somavam 33,5%. Em 2018, chegaram à marca dos 34%, saltando para 34,5% em 2019.

 

Importância do empreendedorismo

Foi-se o tempo em que a mulher pensava unicamente em cuidar da casa, do marido e dos filhos.  A mulher, retratada na música ‘Ai que saudade da Amélia’, cantada em 1942 por Ataulfo Alves, provavelmente ficaria perplexa com o movimento feminino de hoje.

O empreendedorismo feminino contribui para o crescimento da economia, gera mais empregos, diminui a desigualdade salarial e ajuda a complementar a renda familiar. Isso sem falar na conquista da independência financeira.

Para o SEBRAE, o negócio próprio ajuda as mulheres a sustentar suas famílias e diminui ou, até, acaba com a dependência financeira de um companheiro, por exemplo.

 

Mulheres inspiradoras

Temos vários exemplos de empresárias de sucesso no Brasil. Inspire-se nessas histórias:

Luiza Helena Trajano

A frente do Magazine Luiza, a empresária Luiza Trajano é considerada uma referência quando o assunto é empreender. Ela começou a trabalhar na rede de lojas do pai aos 18 anos.

Passou por vários departamentos até chegar a assumir o comando, onde está até hoje. Foi a pioneira na criação de lojas virtuais. Em 2021 foi listada pela revista Time como uma das 100 mulheres mais influentes do mundo.

 

Cristina Junqueira

Cristina Junqueira é uma das cofundadoras do Nubank, banco digital criado em 2013. Foi eleita a segunda mulher mais importante do universo das fintechs pela revista britânica FinTech Magazine.

Suas ideias inovadoras e sua experiência no banco Itaú foram decisivas para a criação da startup que inicialmente oferecia cartões de crédito sem taxas e atendimento direto com clientes. Hoje o Nubank é um dos maiores bancos digitais do Brasil.

 

Zica Assis

Heloisa Assis veio de uma família humilde de 13 filhos. Começou a trabalhar aos 9 anos como babá. Depois como empregada doméstica. Sofria preconceito com as patroas por causa do cabelo black power. Por conta disso, acabava alisando o cabelo para não perder o emprego.

Cansada dessa situação, resolveu investir em um produto que cuidasse dos seus cabelos crespos. Em 1993 surgiu o Instituto Beleza Natural. O investimento inicial foi de R$ 4.200,00. Hoje, o Beleza Natural é a maior rede especializada em cabelos cacheados e crespos.

Marina Silva (Nina Silva)

Marina Silva, ou melhor, Nina Silva, como é conhecida, é uma das fundadoras do Movimento Black Money. O MBM tem como objetivo estimular o empreendedorismo na comunidade negra.

Nina nasceu no Jardim Catarina, considerada uma das maiores favelas da América Latina, em São Gonçalo no Rio de Janeiro. Trabalha há mais de 20 anos com tecnologia, é palestrante e escritora.

Foi eleita uma das 100 pessoas afrodescendentes mais influentes do mundo com menos de 40 anos pela Mipad (Most Influential People of African Descent), chancelado pela ONU, em 2018.

 

Desafios

Preconceito, dupla jornada, síndrome da impostora, assédio, são alguns dos desafios enfrentados pelas mulheres que tentam alcançar um cargo de destaque nas empresas.

De acordo com o vice-presidente de PME da Serasa Experian, Cleber Genero, estar à frente de cargos de liderança é um passo importante para a diminuição da desigualdade. Para se manter num mercado competitivo e desafiador, é fundamental que cada vez mais mulheres tenham a oportunidade de se preparar para ocuparem esses lugares.

 

Programa Liderar

Ficou empolgada com a ideia de ocupar um cargo de liderança ou ter o próprio negócio?

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Você vai aprender conceitos como autoliderança, administração do tempo, feedback, comunicação não violenta, liderança de times remotos, realização de reuniões eficazes, mudança comportamental e organizacional, entre outros.

Para mais informações acesse o site: https://avra.org.br/liderar/

 

 

Referências:

https://endeavor.org.br

https://www.contabilizei.com.br/contabilidade-online/empreendedorismo-feminino/#dia-do-empreendedorismo-feminino

https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/dia-internacional-da-mulher,a8353d826c95f710VgnVCM100000d701210aRCRD?vgnextrefresh=1

https://iev.com.br/gestao-empresarial/empreendedoras-de-sucesso/

https://pt.wikipedia.org

https://empresas.serasaexperian.com.br/blog/empreendedorismo-feminino/