Desde sempre a cultura geek nos impressiona. Abordando diversos temas atemporais, as histórias que envolvem os personagens favoritos, muitas vezes tratam de questões sociais como desigualdade, preconceito e disputas de classe. Com isso em mente, hoje resolvemos lançar um conteúdo atípico, repleto de referências, feitos para você que gosta de cultura POP.

 

 

Ninguém está livre do autoritarismo: desde uma galáxia inteira até um reino “tão-tão distante…”

Há mais coisas entre Shrek e Star Wars do que se pode imaginar. Ao longo da trilogia dos anos 2000 de Guerra nas estrelas, vemos diante de nossos olhos uma democracia morrer com um estrondoso aplauso. Isso porque o chanceler Palpatine, inicialmente aparentando ser confiável e cuidadoso com a democracia, arma um golpe de estado para se tornar imperador e usufruir de todos os benefícios do cargo.

Após isso, uma de suas primeiras atitudes é providenciar o fechamento do Congresso em nome da segurança nacional ou, nesse caso, galáctica.  De antemão avisamos que qualquer semelhança com a política brasileira é mera coincidência.

 

 

Mas e o Shrek?

Devemos lembrar também de um dos ogros mais amados entre crianças e adultos em todo o mundo. No quarto filme da franquia, intitulado de “Shrek para sempre”, nos é apresentado o personagem Rumpelstiltskin, um traiçoeiro indivíduo que busca ganhar a vida engando as pessoas por meio de magia.

Sentindo que perdeu sua “essência” enquanto ogro e cansado de sua rotina, Shrek resolve fazer um acordo com ele, afim de reviver seus velhos tempos por um dia. Época que era considerado um intimidador e solitário ogro, porém, como era de se esperar, o ogro é enganado e Rumpelstiltskin se torna a autoridade maior de todo o reino.

Uma das principais marcas de seu governo é o racismo, após estabelecer severas leis de perseguição a seres de diversas classes ou espécies do reino. Não é exagero se dissermos que a inspiração para a criação desse enredo fantasioso adveio da nossa própria história. Momentos absurdamente inexplicáveis como o holocausto promovido na Alemanha nazistas ou atrocidades semelhantes vindas de outros movimentos semelhantes como o fascismo devem estar presentes nas memórias das pessoas para que não se repitam em outros lugares além das telas de cinema.

 

O Jeitinho brasileiro explicado em filmes

Se tem uma trilogia que podemos recomendar é O Poderoso Chefão. A sequência de filmes nos transporta para os movimentos mafiosos das décadas de 40 e 50 nos Estados Unidos. Na história acompanhamos a vida de Dom Corleone, chefe de uma das famílias de uma das organizações mafiosas com maior influência sobre a cidade de Nova York.

Logo nas primeiras cenas do filme 1 da trilogia nos deparamos com o casamento da filha de Dom Corleone, na qual diversas pessoas influentes da cidade aparecem com presentes afim de pedir favores ao anfitrião da festa.

 

 

Dentre eles, um que chama atenção é o cantor Johnny Fontane, apadrinhado pelo chefe da máfia, o músico pede que ele o arranje o papel em um filme, a fim de alavancar novamente sua carreira. Após uma conversa está feito, a partir daquele momento Johnny estaria destinado a ser uma estrela de cinema.

O fato é que muitos outros favores são distribuídos ao longo do casamento, sempre com o aviso que, caso Dom Corleone precisasse, essas pessoas teriam que retribuir a “gentileza”. Esse exemplo resume perfeitamente o nosso já conhecido jeitinho brasileiro. Seja entre políticos ou demais cidadãos, essa prática corrobora diretamente para casos de corrupção e injustiça social. Indicações à altos cargos e “imunidade” perante questões judiciais são alguns os exemplos consequentes a essas atitudes.

 

O que tiramos de tudo isso?

Agora que acompanhamentos algumas das questões sociais presentes em títulos já consagrados, fica evidente o quão rico pode se tornar um filme ou série em nossas vidas.  Além de nos divertir, os filmes e séries podem nos trazer uma profunda reflexão sobre a vida em sociedade, abordando importantes temas da atualidade como a representatividade e as questões raciais.

 

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