Conflitos no ambiente de trabalho são bastante comuns, afinal, quando se reúne um grupo de pessoas para conviverem juntos, uma hora ou outra as ideias podem não coincidir, causando divergências.
Há inúmeras causas para o surgimento de conflitos e suas consequências, dependendo do tipo de conflito, podem ser benéficas, a ponto de inovar; ou catastróficas, a ponto de comprometerem o desempenho de toda equipe.
Por essa razão, a habilidade de gerenciar conflitos é essencial para qualquer líder que almeja o sucesso, e no intuito de ajudar você com essa missão elaboramos este conteúdo.
Neste artigo abordaremos os seguintes tópicos:
- O que são conflitos de trabalho e quais suas possíveis causas?
- Quais os problemas de produtividade causados por conflitos de trabalho?
- Como fazer o gerenciamento dos conflitos de trabalho?
Boa leitura!
O que são conflitos de trabalho e quais as suas possíveis causas?
Conflitos de trabalho podem ser entendidos como divergências de relacionamento entre duas ou mais pessoas no ambiente de trabalho. Quanto a sua natureza ou tipo esses conflitos podem ser construtivos ou destrutivos.
- Construtivos: são conflitos que agregam; nesse tipo é comum que as diferenças entre as partes levem a debates saudáveis e até mesmo ao desenvolvimento de ideias e soluções inovadoras. Esse é o tipo de conflito que no final beneficia a todos.
- Destrutivos: são conflitos que, como o próprio nome sugere, só serve para minar o relacionamento entre colegas de trabalho e contribui para um péssimo clima organizacional. Desavenças e discussões são constantes aqui.
Devemos citar ainda que, quanto a sua característica os conflitos de trabalho podem ser latentes ou abertos.
- Latente: uma espécie de conflito não declarado. O estranhamento entre ambos existe, porém, não há um confronto direto. Usando um neologismo, podemos dizer que está mais para um ‘ranço’ entre as partes envolvidas, mas que pode evoluir e se tornar um conflito aberto.
- Aberto: é aquele conflito declarado, no qual as partes fazem questão de demonstrar suas diferenças e confrontar uns aos outros. Essa é a espécie mais comum de conflitos.
Existem muitos motivos que ocasionam o surgimento desses conflitos, entre os mais conhecidos temos:
-
Falta de clareza na comunicação
Se um colaborador ou colega não tem acesso às informações corretas sobre algo, isso irá induzi-lo ao erro. A falta de clareza e a desinformação são constantemente atreladas ao surgimento de conflitos de todos os tipos.
-
Diferenças de opiniões
Esse é o clássico motivo gerador de conflitos! O colega ‘A’ tem sua opinião sobre algo, o colega ‘B’ discorda porque tem uma opinião diferente. Em algum momento eles podem discutir sobre isso de maneira amigável ou não.
-
Descontrole emocional
Em momentos de grande estresse e fadiga emocional as pessoas se tornam mais propensas a criarem conflitos. O calor da situação é o combustível perfeito para o surgimento de um clássico bate boca.
-
Diferenças de personalidades
Em uma organização há pessoas de diferentes tipos cujos comportamentos, visões de mundo e valores diferem uns dos outros. Infelizmente, essas diversidades ainda geram muitas “quedas-de-braço” não só no ambiente de trabalho.
-
Concorrência
Alguns gestores incentivam a livre concorrência entre seus colaboradores, quando bem gerida essa competição pode ser inofensiva, mas quando o clima se torna competitivo demais o surgimento de desavenças é inevitável.
-
Falta de recursos
Se a empresa não disponibiliza recursos suficientes para seus colaboradores realizarem suas tarefas, logo, eles começam a disputarem entre si os recursos disponíveis. Geralmente essa competição é o estopim para muitos conflitos.
Quais os problemas de produtividade causados por conflitos de trabalho?
Divergências em geral sempre geram alguma consequência, na maioria das vezes, consequências péssimas para ambas as partes. Se os conflitos forem do tipo destrutivos eles afetam principalmente a produtividade da organização.
Acompanhe abaixo quais são os problemas gerados!
-
Menos comprometimento
Com os conflitos, o foco passa a ser a defesa dos interesses pessoais de cada um dos indivíduos envolvidos e não mais dos interesses comuns do grupo. O senso de coletividade diminui e o individualismo cresce. Dessa forma, os colaborados se tornam menos comprometidos com o alcance do objetivo geral da equipe.
-
Maior ocorrência de erros
Em conflitos, a comunicação entre as partes fica comprometida, e somado a isso há também a falta de colaboração. Sem informação e colaboração em um grupo abre-se margem para a ocorrência de erros.
-
Queda no desempenho da equipe
Com o foco no conflito em si e não mais na obtenção dos resultados, os profissionais envolvidos acabam comprometendo o desempenho de toda equipe. Se o desempenho é comprometido, a produtividade é quase nula.
-
Queda na qualidade
Se não há comprometimento e nem foco, o time não entrega muito e fica abaixo das expectativas. Logo, a qualidade cai absurdamente, prejudicando a produtividade.
Além desses problemas gerados na produtividade, vale a pena ressaltarmos os demais, que também são consequências direta de conflitos destrutivos, tais como:
- Desavenças e inimizades: as quais podem impossibilitar que uma pessoa trabalhe no mesmo ambiente que a outra.
- Desmotivação dos profissionais: o profissional não tem mais foco e não se sente apto a conseguir bons resultados.
- Aumento do absenteísmo: os profissionais se tornam menos comprometidos e isso os leva a se absterem de certas tarefas, a faltarem e se atrasarem com frequência.
- Aumento do turnover: a taxa de rotatividade aumenta, demissões e contratações são constantes. O perigo dessa situação é que a empresa pode perder muitos talentos.
- Comprometimento do espirito de equipe: a coletividade deixa de ser o senso comum e o individualismo se eleva.
- Clima organizacional ruim/péssimo: o clima fica tenso e até quem não está envolvido diretamente no conflito sofre com essa atmosfera tóxica.
- Dificuldades na gestão: diante das divergências o individualismo se sobressai e a autoridade e controle do líder podem ficar comprometidos.
- Problemas financeiros: com a produtividade em baixa os resultados simplesmente não vem e os problemas financeiros começam.
- Processos judiciais: quando o conflito é extremo é comum que as partes recorram à justiça para resolvê-los.
- Impactos na reputação da empresa: as desavenças e intrigas internas repercutem negativamente na imagem da empresa diante do mercado e dos demais stakeholders.
Como fazer o gerenciamento dos conflitos de trabalho?
A gestão de conflitos é a arte de conciliar, de encontrar um ponto de equilíbrio entre duas forças conflitantes e evitar que as divergências entre elas assumam um caráter destrutivo. É uma espécie de preparação para que, ao surgirem, os conflitos não afetem negativamente a organização. Aqui vai o passo a passo básico para fazer esse gerenciamento!
-
Se reúna separadamente com as partes
É importante ouvir cada um separadamente, assim, você consegue prestar mais atenção aos fatos, entender melhor os argumentos de ambos, e a partir daí tirar suas próprias conclusões a respeito.
-
Tente se colocar no lugar de cada um
Se imagine no lugar dessa pessoa, só assim entenderá seu ponto de vista e suas atitudes. Dessa forma é possível chegar mais rapidamente a uma solução para o embate.
-
Ajude-os a perceberem o ponto de vista um do outro
Incentive-os a praticarem a empatia e tentarem compreender um ao outro. Esse é um importante passo para iniciar uma negociação.
-
Tente chegar a um consenso
Analisando toda a situação procure propor um acordo justo, algo que irá beneficiar a ambos. Quando se chega a um consenso entre as partes o conflito é basicamente encerrado.
O gerenciamento também permite evitar que esses conflitos surjam. Sim! Por meio da adoção de certas medidas, o líder pode impedir que conflitos do tipo destrutivo sejam criados dentro da empresa. Segue abaixo algumas das medidas a serem adotadas:
- Faça uso de uma comunicação clara: todos devem estar sempre muito bem informados e entenderem o que você espera de cada um. Uma boa comunicação é o pilar para um bom relacionamento.
- Aja com imparcialidade: trate a todos da mesma maneira, demonstre seu respeito por todos agindo com igualdade.
- Reconheça os esforços dos colaboradores: as pessoas gostam de ver seus esforços sendo valorizados, isso as deixa felizes e as incentiva a darem o seu melhor sempre.
- Aja com empatia: para se conectar de verdade com as pessoas e saber a maneira certa de lidar com cada um, respeitando sua forma de ser.
- Reforce os valores da empresa e as regras de convivência: lembre-os constantemente daquilo que a empresa preza, e de que independente das diferenças, todos devem agir com respeito e bom senso.
- Tente sempre integrar a equipe: Faça todos se sentirem parte daquilo, promova a união e o espirito de equipe entre o grupo.
- Esteja presente o máximo de tempo: você, enquanto líder, deve ser a inspiração e alma de sua equipe, por isso, estar sempre por perto é uma ótima maneira de motivá-los e de mantê-los unidos.
Por fim, concluímos que saber gerenciar conflitos é sem dúvidas uma habilidade primordial, não só para preservar o bem-estar organizacional, mas também para manter a produtividade e alcançar os resultados pretendidos.
Agora que você aprendeu como fazer a gestão de conflitos, que tal adquirir outras habilidades para se tornar um líder de sucesso?
Conheça o Programa Liderar da Avra!
ou
Caso prefira ir direto para o curso clique Aqui!
Referências:
Material de apoio do curso Liderar – AVRA
https://iprcbrasil.com.br/conflito-no-trabalho/
https://factorialhr.com.br/blog/gestao-conflitos-guia/
https://sebraepr.com.br/comunidade/artigo/as-causas-dos-conflitos
Deixar um comentário