O extremismo nunca é saudável. Não importa suas crenças políticas, religiosas ou morais, o polo extremo inviabiliza qualquer pensamento crítico. O grande perigo disso tudo está na incapacidade de se criticar as próprias convicções. A palavra convicção, aliás, muitas vezes é associado a algo que não se muda, mas calma lá, não é bem por aí.

Vamos parar para pensar. Ao longo de sua vida, em algum momento, você contrariou até mesmo pessoas que gosta, seja na escolha de um curso, uma viagem ou simplesmente ao escolher o melhor local para ir em um sábado a noite. Olhar com criticidade aquilo que os outros propõem é próprio do ser humano.

Pois é, esse é o ponto, o extremismo tira de nós a nossa própria identidade, e pior, pode pôr em risco o futuro de uma nação inteira. Não acredita? Reflita um pouco sobre o atual momento que estamos vivenciando. Política e religião viraram verdadeiros clubes de futebol, não há crítica que não seja respondida com uma série de ofensas, não há confronto que não seja respondido com mais confronto…

A ideia não é que as pessoas simplesmente sejam neutras, isentas de qualquer opinião e pensamento. O que se deve buscar é um posicionamento saudável e, para isso,* nada mais eficiente que a empatia. Entender não somente o porquê do próprio posicionamento, mas também o das pessoas ao redor é fundamental para evitar conflitos.

As pessoas costumam agir de determinada forma por um motivo. Lembre-se: ninguém é avulso na sociedade. Somos construídos a partir de uma série de experiências que refletem quem somos, quais os nossos posicionamentos e nossos fanatismos. Isso é um processo natura inegável.

Entretanto, a velha regra de nos colocarmos no lugar do outro ainda é válida e pode nos ajudar mais do que nunca. O ato de ter empatia é libertador, nos tira do poço fechado que é nossos pensamentos e nos coloca no cativeiro de outra pessoa. Se ao fazer isso você simplesmente não sabe como agiria diante de uma determinada situação, imagine então como deve ser para a pessoa que está passando por ela.

Por isso, reforço aqui que a melhor forma de combater o extremismo não é confrontando-o ou utilizando de mais fanatismo do sentido oposto, mas sim compreendendo a pessoa e o seu modo de pensar. O grande perigo é quando esse fanatismo se reverte em teorias absurdas como terraplanismo ou movimentos anticiência.

Assim, na próxima vez que ouvir uma série de posicionamentos extremos não os confronte, apenas compreenda. Compreender é a chave não somente para essa questão, mas também para tudo que está ao redor de nossas vidas.

 

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