Pouco lembrados, cuidados, amados e até mesmo abandonados, são nossos idosos.
Inverso ao que naturalmente ocorre, na cultura asiática, onde eles são respeitados e ganham atenção pela vasta experiência em anos de vida. Na nossa realidade ocidental, infelizmente, são lembrados apenas em datas comemorativas, ou num domingo a cada quinze dias. A nossa história vai se apagando e poucos se dão conta do quanto devemos a eles. Devemos lembrar que num piscar de olhos, trinta e cinco virarão oitenta, impressos em cada fio de cabelo branco. De um simples gesto a um olhar, somos tão eles que nem podemos imaginar. O detalhe no andar, o dom herdado pela pintura, a receita guardada no fundo da gaveta, a foto tirada naquela peça de ballet, somos mais que só nós mesmos, somos todos eles.