A comunicação foi constituída como uma realidade antes mesmo da concepção de História. Em períodos passados, como na era neolítica, o ser humano utilizava diversas formas de arte, como pinturas e esculturas, ultrapassando facilmente a barreira da comunicação falada.
Típico do ser humano, a arte de se comunicar tem se mostrado fundamental em todas as épocas, especialmente na atualidade. Com o advento de tecnologias fundamentais, como a internet e o seu acesso em larga escala, um discurso pode ir, hoje em dia, do ocidente ao oriente em questão de segundos.

Olhando apenas por esse ponto de vista pode parecer que todos nós temos um acesso democrático, mas será que é verdade?

Para entender essa questão podemos começar pelos já tradicionais meios de comunicação, como TV e rádio. É importante entendermos que todas as pessoas possuem seus próprios interesses, logo, esses veículos são comumente direcionados para determinados tipos de notícias, seja de um determinado cunho político, filosófico ou ideológico.
Não se trata de teorias conspiracionistas, apenas da realidade. O mesmo ocorre também em veículos considerados mais modernos, como as redes sociais, embora seja um processo um pouco diferente. Ao contrário dos veículos tradicionais, aqui o indivíduo assume um papel mais ativo, pesquisando, seguindo, curtindo e comentando aquilo que é de seu interesse.
O grande problema disso tudo está nessa falsa liberdade. Sempre que pesquisamos um determinado tipo de coisa, essas plataformas nos induzem a consumir cada vez mais conteúdos similares, criando uma espécie de bolha virtual. Basta compararmos lado a lado o Facebook de duas pessoas diferentes.
Embora seja a mesma rede social, é provável que iremos ver conteúdos completamente diferentes para ambos. Ou seja, estamos diante de uma democratização da comunicação que ocorre apenas até as primeiras pesquisas. Por essa razão, é importante entendermos como furar essa bolha tão presente no dia a dia.
Para isso, a grande chave é sempre buscar conteúdos variados. Já experimentou assistir ou ouvir aquele programa que costuma disseminar informações totalmente contrárias às suas crenças? Ou pesquisar em uma rede social informações sobre o que pensam, por exemplo, os políticos que estão em lados opostos ao seu alinhamento prévio?
A intenção aqui não é mudar um pensamento ou ideia necessariamente, apenas ouvir uma maior quantidade de lados diferentes, isso sim proporciona uma democratização da comunicação. Representa aquilo que nos faz acreditar no verdadeiro pluralismo de opiniões e conhecimentos. Acima de tudo, isso nos torna pessoas melhores.