No dia 20 de novembro é comemorado o dia da consciência negra. A data, representa um marco na luta pela igualdade. Não enxergar o racismo por meio de frases como “não existe racismo no Brasil” ou disseminar o chamado “racismo reverso” é manter um ciclo de dor e sofrimento para o povo negro.
Escravidão: do passado ao presente
Ao longo de toda a história brasileira vivenciamos casos de racismo no Brasil. Não podemos esquecer dos três séculos de escravidão, reconhecer isso é derrubar o “racismo reverso”; reconhecer isso é a chave para mudanças genuínas.
O período escravista trouxe reflexo direto para os dias de hoje. As diversas comunidades existentes, por exemplo, foram frutos de políticas de periferização dos povos negros.
Acabar com a escravidão legalizada e não fornecer condições dignas de subsistência para os ex-escravos foi a pior das procrastinações, o preço veio posteriormente, e ele tem sido caro demais.
Para se ter uma ideia, de acordo com dados recentes do IBGE, o desemprego entre negros atualmente é 71% mais alto do que entre brancos.
De acordo com o atlas da violência de 2020, 75,7% dos assassinatos nos últimos anos. Outro ponto importante a se mencionar é que os negros, em média 42,5% menos, ocupam apenas 30% dos cargos de chefia existentes.
Diante de todos esses fatores se torna impossível negar a existência do racismo em nosso país. Nesse sentido, o dia da consciência negra surge exatamente para nos lembrar desta importante luta.
Como surgiu o dia da consciência negra
O dia da consciência negra foi idealizado na década de 70 e tem como data escolhida o dia da morte de Zumbi dos Palmares, líder do Quilombo dos Palmares, provavelmente o mais conhecido quilombo do país.
No Brasil, os quilombos representaram um lugar de refúgio e resistência para os negros que fugiam ou recebiam a alforria para serem “livres
Apenas imagine o dia a dia em um quilombo. O desafio não era apenas cuidar dos habitantes do local ou manter a cultura negra viva, o que, diga-se de passagem, já é algo louvável. Eles também enfrentavam constantes ameaças do governo e dos bandeirantes, aqueles que capturavam os negros em troca de recompensas.
O fato é: após entender parte do sofrimento do povo negro, também compreendemos quão necessária é essa data. Não é um dia de comemoração, mas sim, a representação de muita resistência, luta por igualdade.
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Referências
https://noticias.r7.com/brasil/negros-ganham-425-menos-e-ocupam-30-dos-cargos-de-chefia-13112019
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