Lives dos nossos artistas favoritos se tornaram algo comum. O TikTok é a nova tendência para criar conteúdo de fácil acesso. O Instagram passou a ser o melhor modo de descobrir como as pessoas ao nosso redor estão lidando com a situação atual, pelo menos de forma superficial. Em um momento em que o isolamento social ainda possui uma importância fundamental para o combate de um vírus que atinge o mundo inteiro e com o advento da “Indústria 4.0”, a necessidade de se conectar digitalmente e saber de todas essas novidades parece ficar cada vez mais necessária.

De acordo com Josiane Falvo, especialista em desenvolvimento industrial do SESI/CNI, o “profissional do futuro” é alguém que possui habilidades com tecnologias digitais e que saiba normalizar o convívio diário com máquinas ou softwares recentes no mercado. No entanto, o primeiro contato com esse futuro tão grandioso e avançado pode acontecer de forma mais simples: um clique no “confirmar” na hora de criar seu cadastro em alguma rede social.

O biólogo e pesquisador, Átila Iamarino, em seu canal pessoal no YouTube, afirmou que possuir contas no Facebook, YouTube, LinekdIn e Instagram se tornam cada vez menos opcionais e ganham uma posição fundamental na vida de todos no mundo contemporâneo. Justamente pelo fato de que se perde muito por não estar incluído nestas redes que conectam diversas pessoas. No mesmo vídeo, Iamarino sugere um lado positivo nessa exposição que as mídias digitais podem trazer. Criar um blog, para ele, foi uma forma de compartilhar um pouco da divulgação científica que efetuava. O que o ajudou bastante a ganhar visibilidade, já que diversas pessoas agora encontram seu nome na internet vinculado a um conteúdo acessível, interessante e de ótima qualidade.

Portanto, é observado que as plataformas online ajudam a expor um lado mais criativo e interessante das pessoas ao nosso redor. Hoje em dia, uma rede social pode servir como um cartão de visitas. Além disso, a busca por informações é amplamente utilizada na internet. A mesma habilidade pode ser útil também para a verificação das fontes das notícias que recebemos para ler. Esse uso mais saudável dos meios online é chamado de “alfabetização digital”. Quanto maior a familiaridade com o uso da tecnologia nesse contexto, maior será o desenvolvimento e o aprendizado na hora de encontrar os melhores métodos de buscar e se manter informado.

No entanto, problemas podem surgir quando as redes sociais passam a parecer à única perspectiva válida sobre um determinado usuário. No mundo digital surge o fear-of-missing out, isto é, o medo de “ficar de fora”, em tradução livre, e todo esse universo digital com tantas possibilidades dão espaço a um ambiente que parece muito intimidador para um recém-chegado. A todo momento novas tendências surgem e os likes podem definir o modo como lidamos com determinadas situações e o que é legal de ser postado ou não. Mas será mesmo que nossos gostos precisam ser pautados apenas nisso?

A série “Mr. Robot”, que conta a história de Elliot, um hacker que consegue saber praticamente tudo sobre todos ao seu redor, já que possui a habilidade de invadir a conta de cada um deles, apresenta uma perspectiva muito sensível sobre essa situação. Isso é demonstrado quando Elliot se surpreende com o fato de sua amiga, Shayla Nico, possuir um lado artista e caseiro. Uma característica que a garota jamais demonstrou nas redes sociais, ou seja, algo que um hacker como ele jamais saberia sem o consentimento dela para que ele a conhecesse melhor pessoalmente. Essa cena só mostra o quanto redes jamais irão definir o valor de uma pessoa completamente.

É certo que uma rede social abre portas para que novos contatos apareçam e muito aprendizado seja compartilhado. Vai de você se irá utilizá-la para ensinar ou para aprender. Novas perspectivas sobre o mundo ganham voz e novos talentos são exaltados, ainda há muito para se descobrir. Uma constante nisso tudo é que conexões com pessoas do mundo todo podem aparecer na sua vida, basta, de forma consciente e responsável, começar a dar os seus primeiros cliques.

– Italo Marquezini

 

Referências bibliográficas: