Enfrentar uma folha em branco; mudar todo o texto que já estava pronto; ter bloqueios criativos; contar a mesma história muitas vezes, mas sempre de maneiras diferentes; inquietar-se com não se sabe o que, só por sentir algo estranho na leitura; ler tanto um único texto até ter a mesma sensação de repetir muitas vezes uma única palavra e tudo soar meio esquisito. Escrever é cansativo. Não é um amor para todos. Apesar de existir grande estigma em relação à leitura, ela é bem mais fácil e fluida do que ter que elaborar uma obra.

Ser escritor exige determinação para sentar por horas a fio em frente a um computador para escrever, mesmo quando nada muito bom vem em mente. É necessário ter também muita paciência para compreender que pode demorar muito tempo até que finalmente seu trabalho seja reconhecido e admirado ou que, talvez, isso jamais aconteça. O escritor precisa não só compreender isso, assim como não desistir da profissão por este motivo. Grandes nomes da literatura morreram sem nenhum prestígio. Edgar Allan Poe é considerado, atualmente, um dos melhores autores de todos os tempos e inventor do que conhecemos como contos. Contudo passou os últimos anos de sua vida ingerindo bebidas alcoólicas de forma excessiva e desafortunado.

Na série americana Jane The Virgin (Jane, A Virgem), a protagonista é uma escritora. Em determinado momento, seu pai diz para ela: “Assim como atuar é a arte de reagir, ser escritor é a arte de reescrever”. Mora ai mais um desafio enfrentado para ter o tão sonhado livro publicado. Como um bom vinho, um texto precisa envelhecer na gaveta. Então, após esse período de “amadurecimento”, muito provavelmente, é necessário reescrevê-lo, fazer constantes ajustes para que seja finalmente objeto de apreciação. O escritor também precisa aprender quando parar, afinal, todos temos um lado perfeccionista A profissão não é glamurosa, mas é extremamente satisfatória. Escrever é um chamado da alma. É expressar aquilo que não se pode dizer em voz alta. Há uma euforia sobre-humana em organizar todo turbilhão de pensamentos num texto finalizado.

Considerando as dificuldades e as felicidades que a profissão traz, o ex-ministro da Educação e Cultura, Pedro Paulo Penido, escolheu o dia 25 de julho para homenagear a classe. A escolha dessa data ocorreu em 1960 e é devido a realização do I Festival do Escritor Brasileiro, que ocorreu na época. Durante esse período, são organizados diversos eventos. Porém, com a pandemia do coronavírus, houve a necessidade de alterar a comemoração, portanto, serão realizadas lives, em diferentes plataformas, com autores para falar um pouco sobre suas obras, sobre como é a carreira e para discutir sobre outros autores. Dessa forma, podemos entender melhor e apreciar mais essa profissão repleta de muito amor e dedicação.

 

 

 

Bibliografia:

https://brasilescola.uol.com.br/datas-comemorativas/dia-nacional-escritor.htm

https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/almanaque/10-genios-que-morreram-na-miseria.phtml

https://virtz.r7.com/casa-museu-realiza-encontros-online-e-gratuitos-com-grandes-escritores-21072020