É certo que saúde mental ainda é um grande tabu. Em setembro, é comum surgir diversas postagens sobre o assunto, diferenciando de outros meses do ano por priorizar esse tema. A primeira instrução na maioria dessas publicações é “se precisar, procure ajuda”. E sim, esse conselho também será reforçado neste texto também: se precisar, procure ajuda. Não há vergonha nisso e existem pessoas que estão realmente dispostas a ajudar. Essa mensagem vale para o ano todo.
A campanha do setembro amarelo surgiu nos Estados Unidos em 1994 após o um jovem conhecido como “Mustang Mike” (apelido esse ganho após o jovem restaurar e pintar seu carro, um Mustang, de amarelo) cometer suicídio e nenhum dos seus familiares ou amigos ter reparado com antecedência que o garoto possuía sérios problemas psicológicos. O laço amarelo foi incorporado como homenagem ao jovem. Além disso, diversos cartões com mensagens conscientizadoras foram distribuídos e realmente ajudaram algumas pessoas pela região. A campanha começou nesse ponto e foi ganhando cada vez mais destaque conforme os anos se passaram.
É certo que o papel da psicologia ou psiquiatria é vital no combate para esse tipo de situação. No entanto, é vital nós, familiares e amigos, sempre estarmos dispostos a estudar e aprender sobre saúde mental para, justamente, conseguirmos agir de forma mais apreensiva e acolhedor aqueles acometidos por um transtorno mental mais grave, auxiliando inclusive em seu tratamento.
O slogan da campanha é “Falar é a melhor solução” e precisamos estar abertos a ouvir quem precisa e estarmos presentes, geralmente oferecendo nosso apoio para que essa pessoa procure tratamento profissional, independente da gravidade do problema que ela estiver enfrentando. No entanto, não podemos confundir o apoio que oferecemos como terapia propriamente dita, já que diversas coisas que dissermos podem ser um gatilho para que a pessoa fique ainda pior.
O aplicativo “Tá tudo bem?”, desenvolvido por Aline Bezzoco é quase uma síntese do que o Setembro Amarelo realmente representa, já que ele possui uma série de funcionalidades para ajudar na saúde mental, como um botão vermelho escrito “preciso falar com alguém” que faz uma ligação direta para o CVV – Centro de Valorização da Vida – caso você precise falar com alguém e e também dicas para ajudar alguém com comportamentos suicidas (esses que se manifestam por meio de pensamentos, tentativas ou consumação em tirar a própria vida) entre outras funcionalidades que realmente valem a pena conferir (*o link para baixar o app, tanto para IOS e Android.
“Nunca duvidar de que a pessoa realmente seja capaz de cometer suicídio”; “Falar sobre o valor dela para os familiares, amigos e filhos (se tiver) e o papel que ela possui no mundo”; “Lembrar das conquistas que ela já obteve e se sentiu vitoriosa além dos sonhos que ela ainda será capaz de realizar”, estão entre as dicas fornecidas pelo aplicativo quando se trata de lidar com uma pessoa com pensamentos suicidas.
Portanto, se você pretende ajudar, não se esqueça de sempre recomendar o tratamento psicológico para a pessoa. Caso você precise de ajuda, ligue 188, consulte a matéria abaixo sobre o Projeto Telepsicologia** ou procure uma clínica de psicologia e psiquiatria mais próxima e acessível para a sua situação. Além disso, se tiver algum amigo ou familiar a quem possa pedir ajuda para encontrar um local para o tratamento, também é uma ótima ideia.
– Italo Marquezini
*Link para baixar o app “Tá tudo bem?” no ANDROID e IOS: https://play.google.com/store/apps/details?id=com.ionicframework.tatudobemapp&hl=pt_BR
https://apps.apple.com/br/app/t%C3%A1-tudo-bem/id1492934500
**Matéria sobre o Projeto Telepsicologia: https://www.midiamax.com.br/midiamais/comportamento/2020/projeto-telepsicologia-promove-atendimento-psicologico-gratuito-a-distancia
Referências bibliográficas:
https://www.youtube.com/watch?v=0XhsYAvUKnw
https://pebmed.com.br/setembro-amarelo-quais-sao-as-caracteristicas-do-comportamento-suicida/
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